Nesta segunda-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou o Brasil como um país livre da elefantíase.

O governo brasileiro recebeu o documento durante uma cerimônia na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília.

A elefantíase, também chamada de filariose linfática, é uma das maiores causas globais de incapacidade permanente.

A doença era endêmica na região metropolitana de Recife, afetando principalmente cidades como Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista.

O último caso registrado no Brasil foi em 2017, de acordo com o Ministério da Saúde.

Transmitida pela picada do mosquito Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca), a elefantíase é causada pelo parasita Wuchereria bancrofti.

Entre os sintomas estão edemas graves que afetam os membros, seios e bolsa escrotal, podendo causar sérias limitações.

Brasil se junta a países livres da elefantíase

Com essa certificação, o Brasil passa a integrar a lista dos 19 países e territórios que eliminaram a elefantíase como problema de saúde pública, incluindo nações como Malawi, Togo, Egito, Iêmen, Bangladesh e Tailândia.

Nas Américas, apenas República Dominicana, Guiana e Haiti permanecem com casos endêmicos, segundo a OMS, que recomenda nesses países a administração em massa de medicamentos para interromper a transmissão.

Em 2023, dados da OMS revelaram que 657 milhões de pessoas ainda vivem em regiões endêmicas, espalhadas por 39 países.

A OMS define como estratégia para combater a elefantíase a administração de quimioterapia preventiva, com o objetivo de interromper a infecção e alcançar a meta de eliminar 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030.