A situação do Hospital Délio Oliveira Tupinambá, localizado no município de Pacaraima, em Roraima, é de total abandono. A tão aguardada reforma da unidade de saúde, iniciada em 2021, encontra-se paralisada, deixando o hospital em condições precárias e sem a conclusão das melhorias prometidas.

Segundo informações apuradas pela repórter Jackeliny Amazonas, da Band Roraima, a obra foi orçada em R$ 2,3 milhões, mas o prazo de entrega, previsto para maio de 2022, já foi amplamente ultrapassado, sem qualquer previsão de conclusão.

Atualmente, o hospital continua a funcionar de maneira improvisada, em um posto de saúde, atendendo a população em instalações que carecem de infraestrutura adequada.

Hospital opera de maneira improvisada em posto de saúde. Foto: Jackeliny Amazonas / Band Roraima

Situação precária

A reportagem da Band Roraima, que realizou imagens da estrutura do prédio, registrou o mofo nas paredes, banheiros interditados e outras condições insalubres que agravam ainda mais o sofrimento dos profissionais e pacientes da unidade de saúde. Uma servidora do hospital, que não quis se identificar, denunciou a situação precária.

“Estamos enfrentando um problema seríssimo. Quando chove, a gente passa sufoco. Muitas vezes não tem medicamento. É aquela confusão, os pacientes querem ser atendidos, mas não tem nada de medicamento. O mau cheiro por causa do lixão fica insuportável. É gente trabalhando com dor de cabeça, em uma situação insalubre. Fica todo mundo na mesma sala, usando o mesmo banheiro. Criança, idoso, puérpera. Todos na mesma sala, não tem espaço para todo mundo”, desabafa a funcionária.

Ela continua, ainda, detalhando a situação do prédio, que está em avançado estado de degradação: “Vai fazer três anos dessa reforma. O prédio está rachando… por dentro e por fora. Por isso, a entrega da obra seria crucial. A gente faz parto aqui em uma situação que não dá pra fazer. Mas a mulher chega já para parir… (…) Tem placenta, resto de sangue… está tudo sujo. A gente trabalha na misericórdia de Deus. Porque se a gente não trabalha, a população vai morrer. Estamos pedindo socorro”, conclui, angustiada.

Com informações da repórter Jackeliny Amazonas