A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou um surto de uma doença ainda não identificada na República Democrática do Congo.
A agência sanitária global revelou que 80% das amostras analisadas até o momento indicam a malária como principal causa, mas outras doenças, como gripe e sarampo, estão sendo investigadas.
O surto, concentrado na região de Panzi, na província de Kwango, já causou a morte de 31 pessoas desde outubro. A maioria das vítimas e dos casos confirmados são crianças com menos de 14 anos.
A OMS e o governo congolês enviaram equipes médicas para a região, mas o acesso à área tem sido dificultado pelas chuvas e pela infraestrutura precária. Apesar dos esforços, a causa exata da doença e a forma como ela se propaga ainda são desconhecidas.
A taxa de mortalidade associada ao surto é alarmante, estimada em 7,6% pela OMS. Esse número é significativamente maior do que a taxa de mortalidade por Covid-19 no Brasil, que chegou a 15% no início da pandemia e atualmente está em 1,9%, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Os sintomas apresentados pelos pacientes incluem dificuldade para respirar, febre, tosse, dor de cabeça e anemia. A semelhança com os sintomas de outras doenças respiratórias, como gripe e Covid-19, tem levado os especialistas a investigar a possibilidade de uma coinfecção ou de uma nova variante viral.
A OMS classificou o surto como uma emergência de saúde pública de importância nacional e está trabalhando em conjunto com as autoridades congolesas para conter a disseminação da doença e salvar vidas.