Neste sábado (14), o Brasil se mobiliza no Dia D de Combate à Dengue, com ações em todo o território nacional para conscientizar a população sobre a importância de prevenir a proliferação do Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A iniciativa ocorre em um momento crítico. Em 2024, o país registrou mais de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 5.915 mortes, cinco vezes mais que no ano anterior.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participa das atividades no bairro do Caju, no Rio de Janeiro. Ações também estão previstas em localidades como Ceilândia (DF), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG).
Alerta sobre a proliferação do mosquito
Com a chegada do período chuvoso, especialistas alertam para o risco de uma nova epidemia no início de 2025.
Rivaldo Cunha, secretário adjunto de Vigilância em Saúde, destaca o impacto das mudanças climáticas no aumento da população do mosquito.
“Isso [elevação da temperatura] aumenta a nossa preocupação. No ano de 2024, não houve uma única semana em que registrássemos um menor número de casos do que a mesma semana de 2023”, afirmou.
Além disso, problemas como o abastecimento intermitente de água e a ausência de coleta regular de lixo aumentam o risco de criadouros. Reservatórios improvisados e entulhos em terrenos baldios são ambientes ideais para o Aedes aegypti.
Situação da dengue no Brasil
Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná foram as unidades federativas com maior incidência da dengue em 2024.
São Paulo liderou em casos graves e mortes, seguido por Minas Gerais. Entre as vítimas, a maioria está na faixa de 20 a 29 anos, com 55% sendo mulheres. Grupos como idosos, gestantes e pessoas com comorbidades estão mais vulneráveis a complicações.
Os sintomas iniciais da dengue incluem febre alta, dores no corpo e cansaço. Contudo, sinais como vômitos, dor abdominal e sangramentos podem indicar agravamento, exigindo atendimento médico imediato.
Vacinação contra a dengue
Desde fevereiro, o Sistema Único de Saúde (SUS) está vacinando adolescentes de 11 a 14 anos em cidades com alta transmissão. Até setembro, metade das doses distribuídas foi aplicada.
Um acordo entre a fabricante Takeda e a Fiocruz permitirá a produção nacional do imunizante, ampliando sua oferta.
Como prevenir
No Dia D, as ações destacam a importância de medidas simples, como eliminar água acumulada em recipientes pequenos ou grandes.
Cada atitude faz diferença no combate ao mosquito e na redução do impacto das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
*Com informações da Agência Brasil