A estudante Victoria Sartorelli, em um vídeo viral no TikTok, compartilhou uma experiência pessoal que gerou grande repercussão: ela acredita ter contraído o papilomavírus humano (HPV) ao utilizar equipamentos em uma academia.

O vídeo, que já acumula mais de um milhão de visualizações, gerou uma onda de preocupações entre os internautas, questionando se é possível contrair o HPV ao tocar superfícies em locais públicos como academias.

No entanto, especialistas esclarecem os fatos e desmistificam a ideia de que o HPV possa ser transmitido dessa forma.

Confira o relato da estudante:

HPV: O Que é e Como Se Transmite

Victoria revelou que descobriu uma verruga no dedo e, após uma consulta dermatológica, foi informada de que a lesão era causada pelo HPV.

É importante entender que, apesar de o vírus ser comum e estar presente em grande parte da população mundial, a forma de contágio não ocorre pelo simples contato com superfícies, como bancos de equipamentos de academia.

O contágio, na maioria das vezes, acontece por contato direto com a pele ou mucosas infectadas, principalmente durante relações sexuais, e não através de objetos ou ambientes públicos.

Dá para pegar HPV de superfícies?

Embora seja improvável contrair HPV ao tocar superfícies contaminadas, o risco de infecção existe quando há contato direto com lesões visíveis de HPV, especialmente quando há feridas na pele.

Vale ressaltar que, embora o HPV tenha mais de 200 tipos, muitos casos são assintomáticos, ou seja, a pessoa pode ter o vírus sem perceber. A principal manifestação visível do HPV são as verrugas, que podem aparecer na pele, genitais, ânus, boca ou garganta.

Embora o contágio por HPV possa ser uma preocupação para muitas pessoas, a vacina continua sendo a forma mais eficaz de prevenção. A vacina contra o HPV é recomendada para adolescentes de 9 a 14 anos e para grupos específicos.

É importante lembrar que a vacinação está disponível gratuitamente pelo SUS para:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
  • Pacientes oncológicos.
  • Pessoas de 9 a 45 anos com HIV e AIDS, pacientes oncológicos, indivíduos com papilomatose respiratória recorrente (PRR) e transplantados, que precisam de três doses;
  • Pessoas imunocompetentes de 15 a 45 anos vítimas de violência sexual, que também recebem três doses; e
  • Pessoas de 15 a 45 anos que utilizam PrEP, desde que apresentem uma receita de PrEP com data dos últimos 4 meses. A receita pode ser emitida por enfermeiros, farmacêuticos ou médicos.

*Com informações do Jornal O Globo e SBT News.