Eles integram as equipes que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas o mais comum é vê-los nas comunidades e nas casas das pessoas. Estamos falando do agente comunitário de saúde (ACS), peça fundamental no combate à dengue.
Os ACSs são essenciais para estreitar laços entre a população e o Sistema Único de Saúde (SUS). Eles são responsáveis por identificar as necessidades da população das regiões administrativas (RAs), orientar e estimular a busca por assistência médica quando necessário.
O agente comunitário realiza visitas domiciliares, busca ativa de pacientes, entrega de insumos e oferece apoio em comunidades vulneráveis.
Atualmente, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem cerca de 1.300 servidores da área. Manoel Morais é um deles.
Apaixonado pelo que faz, Manoel trabalha na UBS 1, na Candangolândia. O agente é conhecido dentre os moradores.
Dentre suas atribuições está o acompanhamento de pacientes idosos e gestantes, realização de visitas domiciliares e de eventos do calendário da saúde, além de promover a saúde por meio de ações educativas em escolas e feiras, facilitando o acesso aos serviços da rede.
“Eu sou agente há 12 anos e acho importante porque somos nós que trazemos a comunidade para dentro do consultório. Gosto do exercício do serviço. Posso fazer muito mais que coletar dados. Vejo que os moradores confiam em mim. Todos me conhecem não por ser o Manoel, mas por ser o rapaz que trabalha na unidade de saúde, isso, por si só, chancela o meu trabalho e fico feliz”, diz o agente.
Dengue
De acordo com a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (APS), Sandra Araújo, ao realizar visitas domiciliares, o ACS atua como um eixo de informação e de prevenção. “Durante as visitas, eles orientam os moradores sobre a eliminação de focos de água parada, esclarecem sintomas de doenças e incentivam a busca imediata por uma UBS [Unidade Básica de Saúde] ao detectar qualquer sinal preocupante”, detalha.
Nas visitas domiciliares, os agentes identificam possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chamando a atenção aos criadouros mais comuns. Em caso de identificação de focos, a situação é relatada à equipe de Vigilância Ambiental, para que medidas de controle possam ser acionadas, como a aplicação de larvicidas e mobilização comunitária.
O ACS Felipe Jordão tem 14 anos de experiência na SES-DF e atua na UBS 5 do Riacho Fundo II. “Quando entro em uma moradia, mostro os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti, explicando de forma simples como evitá-los, como tampar recipientes e eliminar a água parada. Sempre que possível, aproveito as diversas oportunidades para reforçar a mensagem de que a prevenção é responsabilidade de todos”, relata.