Considerado por muitos como eixo principal da Bacia Amazônica, o Rio Solimões, apresentou uma subida significativa no índice pluviométrico nos últimos dias.
Dados divulgados pelo órgão Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa) mostram que o afluente do Solimões alcançou a cota de 76, 77 metros neste domingo (15). Um crescimento de 11 centímetros foi registrado em comparação ao dia anterior.
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A nascente do rio fica localizada acima da região do Alto Solimões, no município de Iquitos, no Peru.
Em Tabatinga, primeiro município amazonense banhado pelo Solimões, a água chegou a subir no último dia 11 de outubro, mas já voltou a secar novamente. O mesmo ocorreu com outros municípios banhados pelo rio como Santo Antônio do Içá e Coari.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Governo do Amazonas, os 23 municípios banhados pela calha do rio Solimões (Alto, Médio e Baixo) encontram-se em situação de emergência devido à estiagem severa.
Inverno amazônico
Após passar um dos verões mais intensos com estiagem severa, o Amazonas se prepara para a chegada do inverno amazônico, com o aumento das chuvas.
A previsão é de que nos próximos 10 dias a região amazônica receba uma quantidade significativa de chuvas, segundo dados divulgados pela plataforma internacional Wheater.
Seca histórica
Nesta segunda-feira (16), o rio Negro superou a cota histórica da estiagem de 2010, e atingiu a marca de 13,59 metros, quatro centímetros abaixo da vazante de 2010, que até então era a maior da história do estado, com a marca de 13,63 metros.
As medidas do final de semana foram: menos 13 cm no sábado; menos 9 cm no domingo; menos 10 cm nesta segunda-feira.
O rio Solimões é considerado um dos principais corredores fluviais da região. Ao encontrar o Rio Negro ele dá origem ao Rio Amazonas, bastante utilizado no transporte de pessoas e cargas para fora do estado.
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