O Porto de Manaus registrou, nesta segunda-feira (23), o nível do Rio Negro em 12,89 metros, menor cota já registrada na história da medição no Amazonas.
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No domingo (22), o nível do rio estava em 12,99 metros, até então considerada uma das maiores seca já vista no estado.
Anteriormente, o título estava com a vazante de 2010, que havia registrado 13,63 metros.
Do dia 1º de outubro até esta segunda-feira, o Rio Negro desceu 2,57 metros.
Segundo a Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA) da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês.
Segundo o 42º boletim de monitoramento hidrogeológico da Bacia do Amazonas do Serviços Geológico do Brasil (SGB), nos últimos registros, o Rio Negro manteve o processo de descida em São Gabriel da Cachoeira, Tapuruquara e Barcelos, os níveis registrados estão abaixo da faixa da normalidade.
“O rio Negro em Manaus apresenta um hidrograma estável, em que em 76% dos anos da série histórica a cota máxima ocorre no mês de junho e em 18% no mês julho. A partir daí, o rio Negro tende a iniciar seu processo de vazante até que atinja a cota mínima. O fim da vazante, por sua vez, não apresenta um período preferencial, podendo ocorrer entre outubro e janeiro do próximo ano”, diz um trecho do boletim do SGB.
Veja números das maiores secas do Rio Negro:
- 12,89m (2023) – 23 de outubro;
- 13,63m (2010);
- 13,64m (1963);
- 14,20m (1906);
- 14,34m (1997);
- 14,42m (1916);
- 14,54m (1926);
- 14,74m (1958);
- 14,75m (2005);
- 14,97m (1936);
- 15,03m (1998);
- 15,04m (1909);
- 15,06m (1995);
- 15,39m (1907).
Seca no AM
A estiagem severa afeta mais de 633 mil pessoas, distribuídas nas mais de 158 mil famílias que sofrem com os efeitos da seca dos rios no Amazonas.
Dos 62 municípios do estado, 59 estão em estado de emergência devido à seca.
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