O Porto de Manaus registrou a subida de 17 cm no nível do Rio Negro desde o sábado (28). Nesta segunda-feira (30), a cota está em 12,87 metros.
Essa é a maior seca já registrada durante mais de 100 anos de medição no Amazonas.
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Durante a última quinta e sexta-feira (26 e 27), o nível do rio estabilizou em 12,70 metros.
Desde julho deste ano, o Rio Negro já desceu 15,32 metros até o dia 27 de outubro.
Anteriormente, o título de maior seca estava com a vazante de 2010, que havia registrado 13,63 metros.
Segundo a Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA) da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), a tendência era de que o volume dos rios continuasse baixando até o final deste mês.
“O rio Negro em Manaus apresenta um hidrograma estável, em que em 76% dos anos da série histórica a cota máxima ocorre no mês de junho e em 18% no mês julho. A partir daí, o rio Negro tende a iniciar seu processo de vazante até que atinja a cota mínima. O fim da vazante, por sua vez, não apresenta um período preferencial, podendo ocorrer entre outubro e janeiro do próximo ano”, diz um trecho do boletim do Sistema Geológico do Brasil.
Veja números das maiores secas do Rio Negro:
- 12,70m (2023) – 27 de outubro;
- 13,63m (2010);
- 13,64m (1963);
- 14,20m (1906);
- 14,34m (1997);
- 14,42m (1916);
- 14,54m (1926);
- 14,74m (1958);
- 14,75m (2005);
- 14,97m (1936);
- 15,03m (1998);
- 15,04m (1909);
- 15,06m (1995);
- 15,39m (1907).
Seca no AM
A estiagem severa afeta mais de 618 mil pessoas, distribuídas nas mais de 152 mil famílias que sofrem com os efeitos da seca dos rios no Amazonas.
Dos 62 municípios do estado, 60 estão em estado de emergência devido à seca.
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