Duzentas e vinte toneladas de alimentos serão enviadas para municípios do Amazonas afetados pela seca, como parte de uma operação de ajuda humanitária coordenada pela Defesa Civil do estado.
A operação, que começou nesta terça-feira (13), conta com o apoio das Forças Armadas e destina-se a socorrer comunidades nas calhas dos rios Purus e Alto Solimões, onde a estiagem já começa a impactar a vida de milhares de pessoas.
O governador Wilson Lima acompanhou o primeiro envio de suprimentos, que inclui não apenas alimentos, mas também caixas d’água e purificadores de água do projeto Água Boa.
“A previsão é entregar cerca de 130 mil cestas básicas apenas nesta fase inicial. Hoje, estamos enviando 30 mil cestas e, nos próximos dias, iniciaremos a segunda etapa da operação, conforme mais municípios declararem Situação de Emergência”, afirmou o governador.
Municípios afetados no Amazonas
No total, três carregamentos serão enviados para atender cerca de 43 mil pessoas em nove municípios. A logística inclui o transporte de 7.300 cestas básicas para a calha do Alto Solimões, onde Tabatinga foi escolhida como centro de distribuição.
O material será dividido entre uma balsa do Exército e um navio da Marinha, que também fornecerá apoio logístico em outras áreas, como segurança da navegação.
O secretário adjunto da Defesa Civil, coronel Clóvis Araújo, destacou o esforço conjunto do governo estadual para mitigar os efeitos da seca.
“Essa ação vai além da Defesa Civil, é uma resposta integrada do Governo do Amazonas, com todas as secretarias empenhadas em minimizar os impactos na vida das pessoas”, disse ele.
Ajuda humanitária
Além disso, 3.500 cestas básicas serão destinadas a Tapauá e Canutama, municípios da calha do Purus, alcançando cerca de 14 mil pessoas. O transporte dos suprimentos será realizado por barcos de linha, com previsão de chegada variando entre três a sete dias, dependendo da distância dos destinos.
As ações de ajuda humanitária ocorrem em um momento crítico, com mais de 88 mil pessoas já afetadas pela vazante dos rios, de acordo com a Defesa Civil. Os prejuízos na agricultura e pecuária somam R$ 37 milhões, com impactos também na saúde, saneamento e educação.
Desde 2023, o Governo do Amazonas tem se preparado para responder a essas crises, com medidas que incluem o abastecimento de água potável e a instalação de purificadores e estações de tratamento de água móvel.
O comandante do Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, Charles Bittencourt, e o vice-almirante João Alberto, do 9º Distrito Naval, também destacaram a importância da cooperação militar na operação, reforçando o compromisso das Forças Armadas em apoiar as comunidades durante a seca.
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