O nível do Rio Negro, em Manaus, está a menos de um metro da marca histórica de seca registrada em 2023. Na manhã desta segunda-feira (30), o rio mediu 13,19 metros, o que representa 49 centímetros acima da cota mínima de 12,70 metros, monitorada ao longo de 121 anos.

Em razão da estiagem, a capital amazonense encontra-se em situação de emergência. A praia da Ponta Negra, um dos principais balneários de Manaus, foi fechada para banho devido ao baixo nível das águas.

A seca também afeta o Porto da cidade, com mudanças na paisagem local e aumento da preocupação com a possível escassez de peixes na região.

Previsão de seca severa no Amazonas

O governo do estado do Amazonas prevê a possibilidade de uma seca severa, com potencial de ser mais intensa do que a do ano anterior. Um relatório do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado no último sábado (28), alerta que o nível do Rio Negro pode cair abaixo dos 12 metros pela primeira vez na história.

Dados indicam que, em agosto, o nível do rio recuou cinco metros, iniciando setembro com uma medição de 19,73 metros. Ao longo do mês, as águas diminuíram 6,54 metros.

“Nos últimos 30 dias, o nível hidrológico do rio variou em -0,23, o que significa que ele vazou, em média, 23 centímetros por dia. Já nos últimos sete dias, o nível hidrológico do rio variou -0,19, o que significa que ele vazou 19 centímetros por dia, em média”, aponta a Defesa Civil.

A diminuição do nível do Rio Negro impactou também a visibilidade do Encontro das Águas, um fenômeno natural que resulta da mistura das águas escuras do Rio Negro com as águas barrentas do Rio Solimões, que atrai turistas de todo o Brasil e do mundo.

Situação alarmante em outras regiões do Amazonas

Todos os 62 municípios do Amazonas enfrentam uma situação de emergência devido à seca severa. Conforme o Governo do Estado, aproximadamente 560 mil pessoas estão sendo afetadas, com cerca de 140 mil famílias impactadas pela crise hídrica.

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