Após atingir seca histórica, o volume de água do rio Negro continua a diminuir em menos de 24h. Nesta sexta-feira (4), foram registrados 12.63 metros de profundidade, o que representa a menor cota computada, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
A maior seca do Amazonas havia sido em 2023, quando o nível do rio Negro chegou a 12,70 m. Conforme a plataforma que disponibiliza informações do Sistema de Alerta Hidrológico (SAHs), o rio Negro registrou 12,69 m às 17h de quinta-feira (3) e superou a marca do ano passado.
A SGB deu detalhes, na manhã desta sexta-feira (4), sobre os efeitos da seca e seus processos de mudança durante coletiva com a imprensa, na sede regional. Conforme as análises, mesmo que o cenário seja crítico, as previsões indicam cheia dos rios nos próximos meses.
“De acordo com essa estatística, pelo comportamento do rio, a gente espera que daqui para o final de outubro, o processo de enchente se inicie por Tabatinga e poderá trazer uma resposta para Manaus daqui uns 30 dias”, contou um dos especialistas.
A marca histórica foi anunciada pelo órgão antes da divulgação oficial do porto de Manaus. O Boletim Estiagem mais recente, do Governo do Amazonas, mostra que a seca este ano afeta quase 770 mil pessoas.
Seca rio Negro, em 2023
A seca do rio Negro também foi motivo de preocupação no passado. O Porto de Manaus publicou, na quinta-feira (26) de outubro de 2023, o nível de 12,70 metros. Essa tinha sido a menor cota já registrada na história da medição no Amazonas.
O registro foi a primeira queda significativa na descida do rio, que anteriormente estava registrando -12 a -10 cm por dia.