O processo de descida segue no rio Negro em Manaus e, nesta terça-feira (8), foi observada a marca de 12,17 m, conforme indica o 42º Boletim de Monitoramento Hidrológico dsa Bacia do Rio Amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Essa cota é a menor desde o início do monitoramento em 1902, ou seja, em 122 anos, e deve continuar alcançar patamares ainda menores, conforme as projeções.
“Já observamos o início das chuvas em algumas parte da bacia, como próximo em Tabatinga (AM), mas o volume não é suficiente para o nível dos rios começar a subir de forma consistente”, explica o coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico, Artur Matos.
O pesquisador completa que tem sido observada a diminuição da taxa de descida do Rio Negro.
“Em Manaus, estávamos com valores de 25 cm por dia e hoje foi observada redução de 12 cm por dia. A tendência é que a taxa diminua, mas o nível ainda deve continuar reduzindo nas próximas semanas”.
Comportamento no Rio Negro
No Rio Solimões, que influencia o comportamento do Rio Negro em Manaus, a recessão continua. Na estação de Tabatinga (AM), o rio tem descido uma média de 8 cm por dia.
Fonte Boa (AM) e Itapéua (AM) são registradas descidas de 2 cm diários. As estações registraram mínima histórica de 7,19 m e -29 cm, respectivamente.
Em Manacapuru (AM), o rio segue declinando cerca de 7 cm por dia e o último dado observado indica a mínima histórica de 2,13 m.
Rios influenciados pela seca na Amazônia
O Rio Amazonas também registrou nesta semana mínimas históricas em Careiro da Várzea (AM) e Itacoatiara, que chegaram a 8 cm; em Parintins (AM), que chegou a -2,42 m; e em Almeirim (AM), onde foi observado o recorde de 1,74 m.
Em Porto Velho (AC), o Rio Madeira está na marca de 35 cm. A cota está 10 cm acima da mínima registrada no mês passado: 25 cm.
O Rio Acre na cidade de Rio Branco (AC) apresentou estabilidade nos processos de descida, apesar disso, os níveis ainda estão baixos para o período. A cota é de 1,29 m.
Na Bacia do Rio Branco, os níveis estão dentro da faixa da normalidade, de acordo com o SGB.