Após uma seca histórica, que reduziu o nível das águas a sua pior cota em mais de um século, o Rio Negro volta a subir. As águas, que banham a capital amazonense, marcaram 12,13 metros nesta segunda-feira (14).

Segundo dados do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro já sobe desde domingo (13), data em que atingiu 12,12 metros. Antes disso, as águas registravam 12,11 metros desde quarta-feira (9), sendo o pior nível em 100 anos.

Antes do atual recorde, de 2024, considerava-se a pior seca dos rios amazônicos a de 2023. No ano passado, o Rio Negro chegou a 12,70 metros no dia 26 de outubro. Por outro lado, na atual seca, o recorde foi quebrado com muitos dias de antecedência, no dia 4 de outubro.

Cinco dias depois, as águas escuras desceram até atingir a pior marca da história, os 12,11 metros. Apesar do cenário crítico de estiagem, tudo indica que a recuperação em 2024 seja mais rápida do que em 2023.

Seca nos rios da Amazônia

A região Norte do Brasil enfrenta uma seca extrema que está causando danos significativos à fauna e à flora. Um caso em Santarém, no Oeste do Pará, exemplifica os impactos das vazantes históricas na região amazônica.

A vitória-régia, um símbolo do bioma, está entre as vítimas, com exemplares aparecendo secos ou mortos nos leitos. No canal do lago Jari, em Alter do Chão, plantas aquáticas encontradas mortas criam um cenário cinza, refletindo a gravidade da estiagem.

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