O nível do Rio Negro continua a subir, marcando o quarto dia consecutivo de elevação. Dados alertam que, apesar do aumento, a possibilidade de um repiquete, quando há elevação seguida de queda, não deve ser descartada.
Após registrar a pior seca da história, com um nível de 12,11 m, o Rio Negro teve uma elevação de 9 centímetros nos últimos quatro dias.
Desde a quinta-feira (10), não houve novos recuos, e por três dias seguidos o nível permaneceu estável. No domingo (13), a cota subiu 1 cm, e manteve o mesmo valor na segunda-feira (14).
No entanto, a medição mais recente, realizada na manhã desta quarta-feira (16), indica um aumento de 4 cm nas últimas 24 horas. De acordo com dados do Porto de Manaus, a cota atual é de 12,20 m.
Atenção à elevação do nível do Rio Negro
Nesta quarta-feira (16), o nível do Rio Negro subiu quatro centímetros e atingiu a cota de 12,20 m. A elevação indica um afastamento gradual da cota mínima registrada durante a seca em Manaus, que foi de 12,11 m, alcançada no dia 9 de outubro.
Se a tendência de aumento continuar, o rio terá iniciado seu processo de cheia 17 dias antes em comparação ao ano passado. Em 2023, o rio permaneceu em níveis críticos até o dia 26 de outubro, quando registrou a cota histórica de 12,70 m.
Outro aspecto a ser destacado é o fenômeno do repiquete observado na seca do Rio Negro de 2023. Após 12 dias de subida, o rio experimentou uma queda abrupta em seu nível, que iniciou em 8 de novembro, quando a cota foi de 13,22 m no dia anterior, caindo para 13,20 m.
Por fim, o processo de descida durou nove dias, até que o nível chegou a 12,96 m em 16 de novembro, o que sinalizou o início da enchente.
Calhas de rios apresentam tendência de cheia
Conforme dados da Agência Nacional de Águas (ANA), os principais rios da bacia Amazônica, como o Solimões na região de Tabatinga, apresentam uma tendência de término do período de vazante.
Na última terça-feira (15), o Solimões registrou um aumento de 13 centímetros e alcançou a cota de -1,78 m, beneficiado pelas chuvas nas cabeceiras. O aumento do nível do Solimões na área de fronteira é crucial para o ciclo hidrológico do rio Negro.
Quando as águas do Solimões chegam a Manaus, no Encontro das Águas, ocorre um represamento das águas negras. Dessa forma, a condição pode facilitar o início do período de cheia na capital.