O nível do Rio Acre na capital apresentou um aumento de 11% nos primeiros 15 dias de dezembro, marcado pelo início do inverno amazônico. Em 1º de dezembro, o nível do rio era de 4,12 metros, uma queda em relação aos 4,55 metros registrados no final de novembro.
No domingo (15), a medição indicou 4,57 metros, conforme dados da Defesa Civil Municipal. Já na última segunda-feira (16), o nível superou os 5 metros pela primeira vez neste mês e alcançou 5,44 metros, o maior índice registrado até o momento.
Desafios causados pelas chuvas
O aumento acompanha o crescimento no volume de chuvas, que já soma 142,34 milímetros nos primeiros 16 dias de dezembro. O índice representa 53,7% da média histórica para o mês, que é de 265 milímetros.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Cláudio Falcão, destacou os desafios causados pelas chuvas, como desmoronamentos e o rompimento de passagens que antes não apresentavam problemas.
“Estamos agora enfrentando o combate inicial das sequelas que as chuvas trazem, como desmoronamentos e o rompimento de algumas passagens que, antes, não apresentavam problemas por não terem água, como é o caso da [Estrada] Jarbas Passarinho. Além disso, surgiram alagamentos, que não eram comuns no período seco, mas, a partir de agora, o cenário mudou e estamos diante de uma nova situação”, alertou.
Com a previsão de intensificação das chuvas e do nível do rio Acre ao longo de dezembro e no início de 2025, a Defesa Civil está se preparando para lidar com os impactos de possíveis cheias e desmoronamentos.
Acre enfrenta risco iminente de cheia e enxurradas
O Acre enfrenta condições climáticas extremas, com períodos de seca severa e risco de cheias e enxurradas. Diante disso, a Defesa Civil tem intensificado o monitoramento do Rio Acre e dos igarapés.
O coronel e coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão, alertou para o risco de alagamentos com a chegada das chuvas no estado.
Ele explicou que, após o término do fornecimento emergencial de água para as comunidades afetadas pela seca, o foco da Defesa Civil passou a ser a vigilância sobre o nível do rio.
“Na semana passada, suspendemos o abastecimento emergencial às comunidades atingidas pela seca. Agora, o foco é o monitoramento do rio”, informou.