O ex-secretário de esporte de Araguaína (TO), José Aparecido de Sousa de Oliveira, foi indiciado por supostos crimes de assédios sexuais e perseguições no ambiente de trabalho, na terça-feira (26).

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De acordo com a Polícia Civil de Tocantins, o caso foi denunciado em abril deste ano e os abusos foram eram registrados desde 2020 contra quatro servidoras do município.

Ainda conforme a polícia, o secretário teria se aproveitado da sua condição de superior hierárquico para assediar as vítimas.


Na época, a prefeitura afastou Zeca Oliveira, como era conhecido, assim que as investigações começaram.

O secretário também divulgou nota afirmando que iria se afastar do cargo que ocupava desde 2021.

A exoneração de Zeca foi publicada no dia 6 de abril.

Assédio sexual e importunação

Segundo apurado pela investigação, uma das vítimas relatou que o secretário a convidou para tomar um vinho junto com a ex-namorada ‘para satisfazer uma fantasia sexual’ e só atenderia pedidos da servidora se ela se submetesse ao abuso.

Como a vítima não cedeu, passou a persegui-la na secretaria.

Os abusos contra outra servidora, conforme o inquérito, consistiam em elogios e críticas quando a mulher usava roupas formais, já que ele gostava de quem usava ‘roupas provocantes’.

A terceira vítima relatou à polícia que Zeca chegou a segurar o próprio órgão genital por cima da calça e ficava puxando assuntos de cunho sexual com a servidora.

Investigação

Com os depoimentos das vítimas, o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, da 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína, reuniu provas que embasaram o indiciamento do ex-gestor.

“Contexto extremamente grave e inaceitável, cuidando-se de conduta criminosa e totalmente contrária aos princípios do serviço público”, disse o delegado.

Em nota o ex-secretário afirma que é inocente das acusações e irá comprovar sua inocência em juízo.

Zeca Oliveira foi indiciado pelos crimes de perseguição – stalking majorado, importunação sexual majorado e assédio sexual contra as quatro vítimas.

Após a conclusão, o inquérito foi enviado ao Ministério Público e o Poder Judiciário.

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