A 19º Promotoria de Justiça da Capital, do Ministério Público do Tocantins, realizou uma inspeção no Hospital e Maternidade Dona Regina, na última quinta-feira (31). O intuito é investigar a morte da grávida Karle Cristine e seu recém-nascido.
Acompanhado de sua equipe, o promotor Thiago Vilela, foi recebido pelo diretor-geral do HMDR, Fernando Pinheiro de Melo. Na ocasião, o promotor requisitou cópias de prontuários médicos e relatórios das Comissões de Óbito e de Ética Médica.
Além disso, solicitou documentos da Corregedoria do HMDR, relacionados ao falecimento da gestante, registrado na última quarta-feira (30). Foi dado um prazo de 15 dias para que a direção do hospital envie as informações solicitadas para a Promotoria.
O objetivo da inspeção é identificar eventuais falhas na prestação de serviços médicos ou a ausência de especialidades. Por isso, o promotor solicitou informações a respeito do número de profissionais de saúde que atuam na maternidade. O foco está nas especialidades de obstetrícia e pediatria.
Além disso, foi solicitada a escala de plantonistas e o número mensal de atendimentos, detalhando os partos realizados.
Em entrevista à TV Norte Tocantins, o advogado da família informou como foram os atendimentos na noite da última terça-feira (29) e na quarta-feira (30), dia do parto e do óbito de Karle e seu filho.
A família registrou também um Boletim de Ocorrência e tanto a polícia quanto a advogado, aguardam um laudo do IML, que pode ajudar na elucidação do caso.
O que diz a SES-TO sobre apuração do Ministério Público
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que trabalha de forma estratégica para fortalecer a rede hospitalar sob sua gestão, em especial ao Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), unidade de alta complexidade referência para a macrorregião sul do Tocantins.
Dentre as ações da gestão estão os chamamentos públicos, amplamente divulgados para a contratação de médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e pediatria e o estabelecimento de indenização para profissionais de saúde que atuam em plantões extraordinários nas unidades hospitalares, com o objetivo garantir a imediata recomposição de escalas de serviço de profissionais de saúde e substituir os servidores em caso de licença, com atestado médico, ou em gozo de férias.
A SES-TO pontua que foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE-TO), da quinta-feira, 31, a instituição de Indenização por Procedimentos Obstétricos, com valores específicos para o HMRD, contribuindo para suprir as lacunas de médicos especialistas e estimular as equipes.Sobre o caso da paciente Karlen Cristina Vieira Bassorici e seu bebê, a SES-TO lamenta profundamente e reitera que todas as internas foram tomadas dentro do HMDR e aguarda relatório do Instituto Médico Legal para tomar as medidas cabíveis.