A Polícia Civil do Tocantins concluiu o inquérito policial, que foi instaurado para investigar as circunstancias que resultaram na morte da Karle Cristina Vieira Bassori. O inquérito apurou também o óbito do seu filho, ainda na gestação. Ambos faleceram no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, nos dias 29 e 30 de outubro.

A equipe da 3ª Delegacia de Polícia de Palmas colheu depoimentos, laudos periciais, prontuários médicos, entre outros elementos. Com isso, foi constatada que a médica, identificada pelas iniciais M.S.C., responsável pelo atendimento de Karle no dia 29 de outubro, agiu de forma negligente.

Isso porque não adotou medidas básicas de investigação clínica e obstétrica compatíveis com o quadro apresentado pela paciente. Pois se tratava de uma gestante de alto risco com sintomas sugestivos de complicações graves.

Ainda conforme a conclusão do inquérito policial, a ausência de exames essenciais, tais como ultrassonografia e monitoramento de batimentos cardíacos fetais, além de falha por não encaminhar a paciente para avaliação obstétrica ou a manter em observação hospitalar, contribuíram para o agravamento do estado de saúde tanto da Karle, quanto do bebê.

Ao retornar para o hospital no dia seguinte, a equipe médica se esforçou para evitar, de forma emergencial, o quadro que já tinha piorado. Mas não foi mais suficiente e o ambos foram ao óbito.

Homicídio culposo

A médica responsável pelo atendimento de Karle Cristina no dia 29 de outubro, foi indiciada pelo crime de homicídio culposo. Isso por agir sem a cautela necessária diante da situação, que resultou na perda irreparável da vida da paciente e seu filho.

A Polícia Civil informou que agora o inquérito será encaminhado para o Ministério Público, que vai dar prosseguimento ao caso junto ao Poder Judiciário.