A defesa do ex-governador Mauro Carlesse (Agir) solicitou a revogação da prisão, mas o pedido de Habeas Corpus foi negado. Foi alegada a falta de contemporaneidade e fundamentação concreta. O motivo da prisão realizada no domingo (15), foi o risco de fuga, por conta da locação de imóvel na Itália, além de movimentações financeiras.
A defesa alega que Carlesse não teria intensão de sair do país, pois já teria programação para as festas de final de ano. Trecho do documento diz o seguinte:
“…viagem programada para o Natal e Ano Novo no Brasil, com comprovantes de ceia de Natal já paga e cruzeiro marítimo nacional previamente quitado, além do histórico do paciente que, durante mais de três anos de tramitação processual, nunca descumpriu ordens judiciais ou demonstrou qualquer indício de evasão”.
Por outro lado, a decisão da 3ª Vara Criminal de Palmas, aponta indícios concreto de que o acusado tinha intenção de deixar o Brasil. Entre os indícios estão a cidadania uruguaia.
“…incluindo obtenção de documentos de identidade uruguaia, tratativas para conta no exterior, aluguel de imóvel na Itália e posse de passaporte italiano. Tais circunstâncias não podem ser interpretadas como meras presunções, mas como evidências robustas de intenção de fuga”, diz trecho da decisão.
Com isso, o desembargador João Rigo Guimarães indeferiu a liminar, mantendo a prisão de Mauro Carlesse.
Mauro Carlesse foi preso no município de Peixe
O ex-governador Mauro Carlesse (Agir), foi preso no final da manhã desse domingo (15), no município de Peixe, região sul do Tocantins.
A prisão foi efetuada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO).
Além da prisão do ex-governador, foi expedido outro mandado contra o ex-secretário Claudinei Quaresemin, sobrinho de Carlesse e outro investigado por envolvimento em esquemas de corrupção.
Em 2021, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia afastado o ex-governador, que, logo em seguida, renunciou ao cargo para não sofrer impeachment.