Na manhã desta quarta-feira (25), equipes do Corpo de Bombeiros reiniciaram as buscas pelos 13 desaparecidos na tragédia da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no domingo (22), ligando Tocantins e Maranhão. Até o momento, quatro mortes foram confirmadas.
O acidente resultou na queda de pelo menos dez veículos no rio Tocantins, incluindo três caminhões transportando defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, substâncias altamente tóxicas.
Avanço das operações
Com a participação de cerca de 90 profissionais, a operação conta com embarcações da Marinha e do Corpo de Bombeiros. As buscas iniciaram às 6h de hoje, após serem interrompidas na noite de terça-feira (24).
No momento, os trabalhos são realizados com botes e lanchas, sem mergulhos, devido ao risco de contaminação causado pela carga tóxica.
Onze mergulhadores da Marinha estão na área e utilizam o SideScan Sonar, equipamento que localizou um dos caminhões a 40 metros de profundidade. Um drone subaquático da Polícia Federal (PF) deve chegar ainda hoje para agilizar os trabalhos.
Vítimas identificadas
Os corpos de quatro vítimas foram encontrados até agora:
- Lorranny Sidrone de Jesus, 11 anos, passageira de um caminhão transportando portas de MDF.
- Kecio Francisco Santos Lopes, 42 anos, motorista de um caminhão de defensivos agrícolas.
- Andreia Maria de Souza, 45 anos, motorista de um caminhão com ácido sulfúrico.
- Lorena Ribeiro Rodrigues, 25 anos, natural de Estreito (MA), encontrada no domingo (22).
Um homem de 36 anos foi resgatado com vida e levado ao hospital de Estreito (MA).
Preocupação com a qualidade da água
Há suspeitas de contaminação do rio Tocantins, já que 76 toneladas de ácido sulfúrico e 25 mil litros de agrotóxicos caíram na água.
Órgãos ambientais coletaram amostras para avaliar os riscos. Caso os produtos estejam intactos nos caminhões, será necessária uma operação especializada para a remoção.
Como medida preventiva, o governo do Maranhão orientou a população e as prefeituras a suspenderem o uso da água do rio.
A Agência Nacional de Águas estima que 18 cidades possam ser impactadas pela possível contaminação. O Ministério Público Federal investiga os danos ambientais causados pelo acidente.