Uma nova capacitação sobre “Abordagem da Hanseníase na Atenção Primária à Saúde (APS)” teve início em Manaus, nesta segunda-feira (10).

A ação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) é direcionada para médicos e enfermeiros que atuam em unidades de saúde da Zona Norte da capital.

A programação, que segue até terça (11), ocorre no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam/Unidade Galiléia), no bairro Cidade Nova.

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Conforme o Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, a capacitação faz parte do processo de Educação Permanente na rede municipal e tem como objetivo fortalecer o trabalho das equipes de saúde na detecção de casos novos de hanseníase.

A capacitação pretende ainda intensificar a busca dos contatos familiares e sociais de pacientes registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/Ministério da Saúde) e mobilizar as equipes para as ações no ambiente escolar envolvendo o Projeto do Autoexame de Pele Virtual.

A doença

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen.

A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente.

Por isso, os contatos dos pacientes, familiares e sociais, devem ser acompanhados nos serviços de saúde por um período de cinco anos para que, se houver a transmissão, a doença possa ser diagnosticada precocemente.

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Casos

Em 2022, o município já registrou 92 casos novos de hanseníase, incluindo oito em menores de 15 anos, mantendo uma proporção de cura de 92,42% e uma taxa de abandono de tratamento de 3,03%.

De acordo com o Núcleo, entre 2020 a 2022, o Distrito de Saúde Norte, que abrange as UBSs dos bairros da Zona Norte da cidade, tem registrado 47 casos de hanseníase em tratamento, com o total de 432 contatos registrados no Sinan.