O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, exonerou o coronel da reserva do Exército Jorge Henrique Luz Fontes, que chefiava o gabinete da secretaria-executiva do órgão.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (26).
A decisão ocorreu uma semana após a exoneração do general Ricardo José Nigri, que ocupava o cargo de chefe de gabinete da Secretária-Executiva do GSI.
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Além disso, Gonçalves Dias, até então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, pediu demissão na última semana após a divulgação de um vídeo em que ele aparece no Palácio do Planalto no dia das invasões golpistas, em 8 de janeiro.
O ministro ocupou o cargo no GSI desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro.
As imagens mostram o então ministro e funcionários do Gabinete de Segurança Institucional circulando entre os invasores.
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Mudanças no GSI
Após a demissão de Gonçalves Dias, o presidente Lula escolheu Cappelli, ex-interventor da segurança pública no Distrito Federal, como ministro interino.
De acordo com Capelli, a pedido do petista, o processo de renovação dos servidores do GSI deve ser acelerado.
Até o momento, já foram trocados cerca de 35% dos servidores que trabalhavam no órgão, a maioria militares.
A expectativa é que novas exonerações sejam também oficializadas nos próximos dias.
O futuro do GSI, órgão responsável pela segurança do presidente e dos palácios presidenciais, será definido após o retorno de Lula da Espanha, na noite desta quarta.
Além disso, está em análise no governo uma reestruturação do órgão, com remanejamento de cargos civis e militares.
Ainda existe um imbróglio sobre quem deve assumir o comando da GSI, uma ala da equipe de Lula defende colocar um civil no comando e outro grupo pretende manter um general à frente do GSI, conforme a tradição iniciada em 1938, no governo de Getúlio Vargas.