Uma nota técnica divulgada nesta sexta-feira, 27, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), recomenda que o governo brasileiro adote medidas de restrições para voos e viajantes que chegam ao país oriundos de parte da África. A medida é em decorrência da identificação de nova variante do SARS-CoV-2, a B.1.1.529.

A nota cita os países África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

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As medidas sugeridas ainda dependem de portaria interministerial editada em conjunto pela Casa Civil, Ministério da Saúde, Ministério da Infraestrutura e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Na quinta-feira, 26, a Anvisa fez outra recomendação sobre fronteiras pedindo que o governo exija certificado de vacinação de todos os viajantes que entrarem no Brasil.

A decisão também depende de portaria interministerial. O Ministério da Justiça informou que é contra o pedido.

O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre as recomendações da Anvisa.

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Sobre a B.1.1.529
 

Além do Brasil, a variante B.1.1.529 preocupa países da Europa e EUA, pois a mesma possui 50 mutações — algo nunca visto antes —, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

O diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, virologista brasileiro Tulio de Oliveira, foi quem anunciou a descoberta da nova variante na quinta.

Ele afirmou que a B.1.1.529 carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, disse Tulio.

Segundo ele, ainda não é possível afirmar o nível de perigo da nova variante e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas.

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