Os números absolutos de estupros de vulnerável no Amazonas cresceram 50% desde 2021.

De acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Amazonas apresentou números saindo de 388 casos em 2021, para 591 em 2022.

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O número absoluto de estupros no estado também teve aumento, com variação de 12,9%, saindo de 215 casos para 245.

No total, foram registrados 603 casos em 2021 e 836 em 2022, equivalente a uma variação de 37,3%.

Registro no Brasil

No Brasil, o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou os dados apresentam o maior número de estupros da história, com 74.930 vítimas.

O crescimento, em relação a 2021, foi de 8,2%.

Evolução do número de estupros e estupros de vulnerável – Brasil (2011-2022)

Reprodução/ Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Onde mais ocorrem estupros e perfil das vítimas no Brasil

Os dados do estudo mostram que 68,3% dos casos de estupro ocorrem na própria residência da vítima.

Outros 9,4% são em vias públicas.

A proporção dos estupros de vulnerável que ocorrem em casa é maior: são 71,6% dos casos, sendo que nos estupros a média foi de 57,8%.

Dentre as pessoas que sofreram o abuso, o sexo feminino representa 88,6%. O sexo masculino apresenta 11,3% dos casos.

Dentre as etnias, as porcentagens maiores são para pessoas negras, com 56,8%, e brancas, com 42,3%.

Os números menores, 0,5% e 0,4%, representam as pessoas indígenas e amarelas, respectivamente.

A pesquisa também aponta que as principais vítimas são crianças entre 0 e 13 anos de idade, com 61,4% dos casos, no qual 10,4% tem menos de quatro anos.

Faixa etária das vítimas de estupro e estupro de vulnerável – Brasil (2022)

Reprodução/ Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Conforme o anuário, dentre as crianças e adolescentes entre 0 e 13 anos vítimas de estupro no ano passado, os principais autores são familiares.

Os números mostram que 64,4% dos casos os autores são familiares, e 21,6% são conhecidos da vítima.

O fórum enfatiza que:

“Estes números correspondem aos casos que foram notificados às autoridades policiais e, portanto, representam apenas uma fração da violência sexual experimentada por mulheres e homens, meninas e meninos de todas as idades”.

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