O dia 7 de setembro deve movimentar várias cidades do país por conta de atos programados para apoiar o governo federal. A expectativa é que Brasília registre a maior adesão de grupos organizados. Um deles é o Brasil Verde Amarelo. Nesta segunda-feira, 6, Jeferson Rocha, um dos líderes do movimento, concedeu entrevista ao Mais Brasil News.

Ele criticou a postura do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes quando fala sobre movimentos que financiam “atos violentos”. 

Jeferson afirma que o movimento prega o cumprimento da lei e da Constituição.

“O caminho que nós entendemos para resolver os males da democracia, é mais democracia. Povo na rua é a expressão mais pura da democracia”, declarou. 

De acordo com o líder, a principal bandeira do movimento é a liberdade e a mesma está sendo violada. Ele ressalta que não defende nada irregular, mas entende que a correção do problema passa por uma ação do Senado diante das ações do STF. 

Jeferson e a família estarão nos atos em Brasília neste dia 7. Ele diz que a expectativa é que 150 mil a 200 mil produtores participem do ato de “forma pacífica”.

“Quem quer fazer qualquer coisa fora da lei não é bem-vindo. O nosso objetivo é fazer um movimento parecido no dia 15 de maio”, explicou.

Ao ser questionado se o ato é pró-Bolsonaro, Jeferson garante que esse apoio está além da questão política.

“Democracia sem voz, não é democracia. Entendemos que há uma censura vinda do ministro Alexandre de Moraes. Estamos entendendo que há uma grave situação no Brasil que coloca em risco a liberdade, e isso não permitimos. O senhor Alexandre de Moraes tem o poder da caneta, mas nós, os produtores rurais, somos os donos dos meios de produção”, ressaltou.  

Sobre Zé Trovão, outro líder do movimento pró-Bolsonaro, que disse não se entregar antes do dia 7, Jeferson diz que ele não cometeu nenhum crime, mas se for preso, vai ser um preso político.

“Se o mandado for por conta de coisas que ele falou, é irregular. Mas na minha compreensão, ele deveria buscar um asilo político”. 

 

Manifestações

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), revistas pessoais e bloqueios serão feitos nas principais vias da Esplanada dos Ministérios e proximidades da Torre de TV. Também haverá bloqueio do trânsito em vários pontos da região central da capital federal.

Haverá dois espaços para os atos. Os manifestantes pró-governo ficarão na Esplanada dos Ministérios. Treze grupos foram cadastrados pelo Núcleo de Atividades Especiais (Nucae), da SSP/DF. O ponto de encontro será a Biblioteca Nacional. De lá, seguirão pela Esplanada dos Ministérios e poderão chegar até a Avenida José Sarney, na ligação entre as vias S1 e N1.

Os manifestantes contrários ao governo irão se concentrar no estacionamento da Torre de TV, a partir das 8h, ao lado da Praça das Fontes. De lá, seguirão em caminhada até o Memorial dos Povos Indígenas.

A partir da 0h de terça-feira, 7, será proibido o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios.