Na manhã desta terça-feira (15), autoridades judiciais deram início à reintegração de posse na invasão Terra Prometida, situada no bairro Irineu Serra. 

As mais de 300 famílias ocupantes da área tentaram bloquear a ação dos tratores encarregados de demolir as casas.

A polícia interveio usando spray de pimenta.

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A operação conta com a presença de mais de 100 agentes da Segurança Pública, incluindo policiais militares, civis, bombeiros e socorristas, que permanecem na área da invasão.

A ação é conduzida pelo governo do Acre, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AC).

E visa a remoção das famílias que ocupam ilegalmente o local desde 2021. 

No curso das ações de reintegração, confrontos com a polícia resultaram em prisões e uso de balas de borracha e bombas de efeito moral. Crianças também foram atingidas.

Falta de acordo

A PGE esclarece que as terras estavam destinadas à construção de moradias populares no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida.

Inicialmente, a proposta era realocar os residentes para o Parque de Exposições, oferecendo três meses de aluguel social.

Entretanto, essa proposta não foi aceita pelas famílias, o que intensificou a tensão no local.

Em comunicado divulgado nesta manhã, o governo estadual anunciou a construção de 234 apartamentos no bairro Irineu Serra. 

A obra, considerada prioritária, será financiada com recursos próprios do Estado e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3).

Terra Prometida

A invasão, denominada Terra Prometida, situa-se na região do Irineu Serra, abrangendo uma área de Proteção Ambiental (APA) com mais de 908 hectares. 

Este espaço é o último trecho de mata dentro do perímetro urbano da capital acreana, nas margens do igarapé São Francisco. 

A área é ocupada irregularmente desde 2021. O governo do Acre apontou que há 360 casas que ocupam 273,4 mil metros quadrados.

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