À medida que os suprimentos de alimentos, água e medicamentos diminuem na Faixa de Gaza, agências humanitárias alertam para um colapso no enclave, incluindo o risco de fome.
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O Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, afirmou, no domingo (15), que seus alimentos no enclave estão terminando.
Corinne Fleischer, diretora regional da organização humanitária, declarou que o PAM está ficando sem reservas em Gaza e não consegue entrar no enclave para levar mais alimentos.
“Estamos conversando com todas as partes para podermos entrar. Infelizmente, ainda não recebemos essa aprovação. Precisamos conseguir cruzar a fronteira, precisamos ter corredores de abastecimento seguros para ir aos abrigos e distribuir o comida”, disse Fleischer.
Fleischer afirmou que o programa ainda tem suprimentos para alimentar 1,3 milhão de pessoas.
Até agora, o PAM forneceu alimentos enlatados, pão e dinheiro a 520 mil pessoas na região.
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À procura de abrigo
Em Gaza, palestinos têm se aglomerado em hospitais e escolas nesta segunda-feira (16) em busca de abrigo.
Mais de um milhão de pessoas fugiram das suas casas antes de uma esperada invasão terrestre israelita destinada a destruir o Hamas.
Centenas de milhares de palestinos abrigados em instalações da ONU consomem menos de um litro de água por dia.
Os hospitais alertam que estão à beira do colapso, com geradores de emergência que alimentam máquinas como ventiladores e incubadoras, com combustível e suprimentos de medicamentos quase esgotados para cerca de um dia.
Conforme os suprimentos diminuem, todos os olhares se voltam para a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito.
No local, os caminhões que transportavam ajuda aguardavam há dias enquanto os mediadores pressionavam por um cessar-fogo que lhes permitiria entrar em Gaza e permitir a saída de estrangeiros.
Rafah, a única ligação de Gaza com o Egito, foi fechada há quase uma semana devido aos ataques aéreos israelitas.
Cessar-fogo negado
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, negou que exista uma trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
“Não há cessar-fogo, nem entrada de ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros”, afirmou.