O Procurador Geral do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), Igor Starling Peixoto, afirmou que existe a formação de uma organização criminosa dentro da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

Foi durante a coletiva de imprensa na sede do MP-AM, nesta terça-feira (29), em que novos detalhes da investigação “Operação Comboio” foram revelados. A ação apura crimes de corrupção envolvendo a alta cúpula da secretaria.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Carlos Alberto Mansur, é investigado.

“Há uma formação de uma organização criminosa com um modo de agir e uma hierarquia ali dentro, que precisamos apurar. A existência dessa organização por si só é crime. A gente viu com base em diversos outros elementos e outras operações que existia uma unidade ali. Temos um amplo conhecimento sobre toda a estrutura, que se encontra em sigilo”, disse o procurador.

Na manhã desta terça, foram realizados mandados de buscas e apreensão em residências de policiais civis e militares em Manaus, cidade de Apuí, no Amazonas, e estado de São Paulo.

Em uma busca e apreensão em Manaus, uma pessoa acabou presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Carlos Alberto Mansur, é investigado na operação 'Comboio' - Foto: Antonio Lima/Secom
O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Carlos Alberto Mansur, é investigado na operação ‘Comboio’ – Foto: Antonio Lima/Secom

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De acordo com o MP, a Operação Comboio fez a apreensão de documentos e provas relacionados a supostas práticas ilícitas.

Entre os outros crimes investigados estão: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e peculato.

Um posto de gasolina também é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ainda não há o balanço do que foi apreendido, mas foi confirmada a apreensão de uma arma de fogo de grosso calibre e revólveres.

De acordo com o Superintendente Regional da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Ramos, a organização utilizava informações privilegiadas e veículos públicos para cometerem crimes.

“Eles tinham informações privilegiadas de alguns assuntos e, com isso, abordam e se apropriam de produtos de crimes praticados por terceiros”, declarou.

Resposta do governo

O governo do Amazonas informou que está acompanhando os trabalhos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-AM e PF e está colaborando com as investigações.

Reforçou ainda que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta dos seus servidores e que todas as providências necessárias serão tomadas.

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