O Ministério Público do Amazonas (MPAM) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/CAO-CRIMO) deflagrou a segunda fase da operação batizada de “Compadrio” na manhã desta terça-feira (12) em Manacapuru.

A primeira fase da operação foi realizada em 23 de agosto de 2023 e teve como objetivo investigar o desvio de verbas públicas destinadas aos Conselhos de Escolas e às Associações de Pais e Mestres das escolas municipais, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Um poderoso esquema criminoso responsável pelo desvio de recursos públicos na educação.

Sobre a investigação

A investigação apontou uma rede de corrupção na Secretaria de Educação e Cultura de Manacapuru, caracterizada por desvios de fundos do salário-educação para contas de servidores, familiares e terceiros.

O esquema era comandado por altos funcionários da Secretaria, configurando um grave desvio de recursos educacionais.

Conforme o Coordenador do GAECO, o Promotor de Justiça Igor Starling, está programada a execução de três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão.

Com suporte da Polícia Civil do Amazonas e informações técnicas fornecidas pela Controladoria Regional da União no estado.

Em nota, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) informou que as medidas adicionais, destaca-se o bloqueio de bens dos investigados, que soma mais de quatro milhões de reais, e o afastamento de três servidores de suas funções na Secretaria de Educação e Cultura.

O nome da Operação, batizada de “Compadrio”, é uma alusão à prática de condutas que privilegiam amigos e/ou parentes que são favorecidos de maneira ilegal.