O padre José Eduardo de Oliveira e Silva é um dos alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8).

O sacerdote, que atua na diocese de Osasco, São Paulo, está na mira da operação que apura uma organização criminosa que atua na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito após a eleição de 2022.

Em nota publicada nas redes sociais, o padre diz que não cooperou ou endossou nenhum ato disruptivo da Constituição.

“Sempre ensinei que a lei positiva deve ser obedecida pelos fiéis”, declarou.

Veja nota na íntegra:

A PF identificou que o padre participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto, ocasião em que teria sido discutida uma minuta golpista para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já na decisão do ministro Alexandre de Moraes, José Eduardo de Oliveira e Silva é citado como integrante do núcleo jurídico do esquema, que atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

O religioso soma mais de 300 mil seguidores nas redes sociais. No dia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, 2 de outubro, José Eduardo postou uma foto de um altar com a bandeira do Brasil em cima de uma santa.

Na legenda, escreveu: “Uns confiam em carros, outros em cavalos”. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos.”