A Operação Daia deflagrada na manhã desta terça-feira, 24, em Brasília e outros três Estados do país, tem como alvo de busca e apreensão o sócio-proprietário da empresa de navegação Aurora da Amazônia Terminais e Serviços, Franco Di Gregório.

A operação investiga a ação de lobistas na operadora de portos secos no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Outro alvo da operação é o diretor de Infraestrutura Ferroviária do Dnit, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas, que já foi afastado do cargo.

Di Gregório continuou participando de licitações, mesmo tendo sido condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por fraude em licitação numa concorrência em que seria escolhida a empresa para gerir a área de cargas do Aeroporto de Manaus.

Um exemplo de sua participação foi a promovida pela Receita Federal para explorar o Porto Seco de Anapólis, em Goiás.

De acordo com investigações da PF, Di Gregório passou a ter dificuldades na fase de habilitação de sua empresa, a Aurora da Amazônia, e contratou lobistas para viabilizar os terrenos do Dnit no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), nome que originou a operação da Polícia Federal, por uma cotação mais baixa do terreno que o valor de mercado.

Com parte de seus negócios na Amazônia, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, em dezembro do ano passado, a concessão do título de cidadão de Manaus ao empresário, cuja solenidade ainda não foi agendada.

De acordo com o portal Mais Brasil News, ele também tem uma ligação estreita com o ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, presidente do PL Amazonas, e que já foi deputado federal, senador e prefeito de Manaus.