Mandados de prisão foram cumpridos, na manhã desta quarta-feira (3), em Manaus e Curitiba, Paraná, durante as investigações da Operação Jogo Marcado, conduzida pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por meio da Promotoria de Defesa e Proteção do Patrimônio Público.
A ação investiga um esquema de fraude em licitação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Rodrigues e envolve um grupo familiar e servidores públicos. A família é conhecida por atuar no ramo da saúde no Amazonas.
Dos 22 mandados expedidos hoje, três são de prisão temporária e 17 de buscas e apreensões. Ao menos 15 pessoas estão sendo investigadas. Um dos alvos se encontra no Paraná.
Fraude em licitações
Conforme o promotor Edinaldo Aquinom, as dimensões do esquema de fraude devem ser destrinchadas no decorrer das investigações, as quais têm como foco no momento a UPA José Rodrigues.
Ele destaca que há um enorme volume de contratos de naturezas diversas feitos na UPA com empresas ligadas ao mesmo grupo familiar.
Ao todo, a família movimentou cerca de quase R$ 2 milhões. Segundo o promotor, as empresas que concorriam no processo de licitação eram da mesma família. As investigações não descartam a possibilidade do grupo familiar ter contrato com outras UPAs de Manaus.
“Há possibilidade de haver prestações de serviço [vinculadas] com esse mesmo grupo em outras unidades. São contratos de dispensa de licitação baseados em uma suposta concorrência de preços entregues, na nossa visão, de forma irregular”, afirma o promotor.
O Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deram suporte na operação.
O promotor Edinaldo Aquino Medeiros reforçou a necessidade da operação: “Esta ação é fundamental para assegurar a integridade dos processos de licitação e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma correta e transparente. Continuaremos trabalhando para identificar e punir todos os envolvidos neste esquema.”
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