Após deflagração da 3ª fase da operação Ptolomeu, o governo do Acre informou, por meio de nota, que está à disposição da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (9).

A declaração foi divulgada após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em seis estados, incluindo o Acre.

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O governo acreano disse que está “atuando com transparência e retidão, mais uma vez se coloca à disposição das autoridades”.

A nota foi divulgada nos canais oficiais do estado porque um dos alvos da operação é o governador Gladson Cameli (PP).

Nota na íntegra:

Sobre a 3ª fase da Operação Ptolomeu, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 9 de março, o governo do Estado do Acre informa que se trata da continuidade dos procedimentos policiais anteriores. O governo do Estado, sempre atuando com transparência e retidão, mais uma vez se coloca à disposição das autoridades“.

O governador foi abordado pela PF em um condomínio, no Lago Sul, em Brasília.

Nesta semana, Gladson cumpre agenda junto a uma comitiva, no Distrito Federal, onde ele teve encontro com parlamentares e ministros.

A pauta na capital federal é sobre, dentre outras reivindicações, a reconstrução total da rodovia BR-367 e a efetiva conclusão da obra.

Operação Ptolomeu

Operação Ptolomeu III, visando desarticular organização criminosa envolvida em ilícitos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à cúpula do Governo do Acre.

Desde as primeiras horas da manhã, mais de 300 policiais, com apoio de servidores da CGU e RFB, cumprem 89 mandados de busca e apreensão.

Os mandados são cumpridos nos estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal.

A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e constitui desdobramento das fases I e II, deflagradas no ano de 2021.

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A PF apura atuação de uma organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano.

Conforme a polícia, o grupo atuava no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de capitais.

Nesta terceira fase da operação Ptolomeu, a PF busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos.

Nesse sentindo, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.