Senadores da oposição reagiram à indicação do nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal.  As reações começaram mesmo antes da oficialização da escolha pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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Parlamentares bolsonaristas dizem que Dino debocha do Congresso, e querem derrubar a escolha durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde são necessários 14 dos 27 votos para a aprovação.

Ao apontar os posicionamentos de Dino sobre temas relevantes aos bolsonaristas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o Senado tem “obrigação moral” de rejeitar o nome do ministro.

“É um descaramento e um absurdo indicar Flávio Dino para o STF. A Suprema Corte precisa de gente qualificada e técnica, não de um político profissional que vai usar todos os seus poderes para proteger os esquemas do PT e os amigos, além de fazer avançar as pautas da esquerda como aborto e legalização de drogas”, escreveu Flávio em seus canais nas redes sociais.

“Dino era magistrado e virou político. Agora quer voltar à magistratura?”, questionou o General Hamilton Mourão na rede X. “Será capaz de agir de forma justa, imparcial e diligente?”.

A lista de motivos para alimentar a insatisfação da oposição com o aspirante ao STF não é pequena. A começar pela proximidade do ministro com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de 8 de janeiro. Dino tem se esquivado de convocação para comparecer ao Congresso e, quando lá esteve, abandonou as sessões em meio a gritarias e troca de ofensas.

O senador Cletinho (Republicanos-MG), ao lembrar que Lula já indicou ao STF seu advogado, Cristiano Zanin, critica a indicação de outro aliado, e adiantou seu voto, dizendo que vai votar contra a escolha de Flávio Dino.

Parlamentares da situação se dizem confiantes na aprovação do nome do ministro da Justiça. O senador Fabiano Contarato (PT-ES) reconhece a resistência, mas vê os opositores como minoria. “Confio plenamente na aprovação do nome do ministro Flávio Dino par ao STF, pois sua competência e preparo são indiscutíveis”, disse.

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