Após 16 anos, o caso do “padre dos balões” voltou a viralizar, nesta sexta-feira (17), após compartilharem áudios antes de sua morte. O pároco brasileiro marcou a história ao se arriscar, no ano de 2008, em um voo de balões de gás hélio.

Adelir Antônio desejava chamar a atenção para a causa dos caminhoneiros, a qual possuia atuação. O objetivo do pároco era arrecadar verbas para a construção de um “hotel” para o descanso dos motoristas, que passavam por Paranaguá (PR).

Antes do fatídico episódio, o “padre dos balões” já possuia experiência em voos desse tipo, viajando até a Argentina. Nesse caso, Adelir desembarcou de Ampére (PR) e ficou quatro horas suspenso por 600 balões até San Antonio.

No dia 20 de abril de 2008, o pároco se equipo com cerca de 1.000 balões, paraquedas, traje térmico e impermeável, GPS, telefone via satélite e muito mais. Adelir estava preparado para a aventura, porém o clima arruinava seus planos.

Início da viagem

Na data, tão aguardada pelo aventureiro, que possuia experiência como paraquedista, o céu amanheceu nublado e sob chuva. Focado em seu propósito, o “padre dos balões” não desistiu de alçar voo.

Após uma missa especial, acompanhada por fiéis e pela imprensa, Adelir subiu aos céus com os milhares de balões. A intenção do sacerdote era pousar em Dourados, no Mato Grosso do Sul, após 20 horas de viagem.

Sob a hipótese do mau tempo, os planos de Adelir sofreram alterações foras de cogitação. Em 20 minutos de partida, a “engenhoca” já estava a cerca de 5.800 metros de altitude, o dobro do que planejavam àquela altura da viagem.

Em determinado momento do trajeto, a equipe que auxiliava o padre perdeu contato com o celular via satélite. Durante seus últimos áudios, Adelir comunica que a bateria do aparelho estava fraca.

Adelir desembarcou às 13h e às 21h, realizou o último contato. Ouça as interações do padre com a equipe:

Padre dos balões foi encontrado?

As autoridades encontraram o corpo do ‘padre dos balões’ no dia 4 de julho de 2008, quase três meses após o acidente. Os restos mortais do pároco estavam próximos à costa de Maricá, no Rio de Janeiro. Um exame de DNA comprovou a identidade.