O Ministério Público de Roraima (MPRR), através da Promotoria de Justiça de Rorainópolis, denunciou José de Souza e Jaderson Rabelo de Souza na última sexta-feira (7) por tortura qualificada, lesão corporal grave e cárcere privado.
Eles são acusados de cometer os crimes contra uma mulher durante rituais satânicos.
A vítima conheceu José de Souza por rede social. Eles iniciaram um relacionamento em março deste ano e passaram a viver juntos.
Segundo informações do MPRR, José apresentou à vítima a religião luciferianismo e tentou convencê-la a participar dos rituais.
A filha da mulher, que vivia com eles, rejeitava essa ideia. Isso levou José a ficar mais agressivo, exigindo que a vítima se afastasse da filha.
Depois de se afastar da filha, a vítima foi forçada a participar dos rituais. José e seu filho a drogavam e a agrediam brutalmente. Ela tentou fugir, mas retornou devido às ameaças de José, que prometia matar sua filha e ex-marido.
Os rituais se tornaram ainda mais violentos e se a vítima recusasse, José a agredia. O filho era cúmplice de todos os crimes.
O criminoso ameaçava a vítima psicologicamente. Segundo o Ministério Público, ele afirmava que ela ficaria louca por influência de Lúcifer e das espiritualidades.
“José dizia que a companheira deveria se transformar em bruxa e que ela tinha que fazer o que ele queria para se tornar forte. Era comum o denunciado obrigar a vítima a tomar substâncias entorpecentes como chás e ervas que eram inaladas”, narra a denúncia.
A mulher conseguiu escapar quando foi levada ao hospital por causa do estado de saúde debilitado. No hospital, ela revelou seu cativeiro aos profissionais e pediu ajuda. Os funcionários chamaram a polícia militar, que prendeu os acusados.
Leia Também: Homem é preso por importunação sexual em Caracaraí
“A coragem da vítima em denunciar e buscar ajuda após escapar é um exemplo de força. Este caso mostra a gravidade da violência de gênero em Rorainópolis e a necessidade de responsabilizar à altura os agressores”.
– André Bagatin, Promotor de Justiça.
Caso sejam condenados, a soma das penas máximas pelos crimes cometidos podem chegar a 30 anos de reclusão.
Com informações do Ministério Público do Estado de Roraima.