Em Manaus, nas unidades de atendimento à terceira idade, é fornecido o acesso aos profissionais capacitados para dar o diagnóstico da doença de Parkinson.

A identificação e diagnóstico precoce auxiliam no desenvolvimento dos pacientes através dos tratamentos específicos aos casos.

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Na terça-feira (11) foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson.

A data visa dar visibilidade às pautas relacionadas ao diagnóstico de Parkinson, bem como aos cuidados com os pacientes.

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O que é o Parkinson

O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, ou seja, a enfermidade não tem cura e apenas desenvolve no agravamento de estado.

O tratamento surge para diminuir os sintomas da doença, além de frear o desenvolvimento do chamado, popularmente, de mal de Parkinson.

A doença é causada pela diminuição drástica da produção de dopamina, que é um neurotransmissor.

A dopamina é a substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.  

A geriatra Marília Lobo, do Centro de Atenção ao Idoso (Caimi) André Araújo, alerta para os principais sinais e tratamento.

Médica especialista – Foto: Divulgação/SES-AM

A especialista reforça que, em alguns casos, a doença pode começar antes mesmo de apresentar os sintomas.

“Quais são os sintomas que caracterizam mais: o tremor é um deles, mas não é o principal e não é o mais precoce. O que a gente vê que é o mais precoce é essa lentidão de movimento, de coordenação. Além dessa lentidão de movimento, a gente tem os tremores, a instabilidade postural e aumento do risco de queda e a rigidez”, explicou a médica. 

Sintomas de Parkinson

  • Lentidão motora (bradicinesia);
  • Rigidez entre as articulações (punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo);
  • Tremores de repouso;
  • Desequilíbrio.

Estes são os principais sintomas e são chamados “sintomas motores” da doença, mas podem surgir outros sinais.

A doença de Parkinson também apresenta “sintomas não-motores”, como a diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono. 

Atendimento em Manaus – Foto: Divulgação/SES-AM

Ainda conforme a especialista, nos sintomas não-motores pode entrar também os transtornos psicológicos.

“Podem estar associados, por exemplo, a depressão, ansiedade, alteração de sono, insônia, pode ter alteração de hábito intestinal, constipação é muito comum do paciente também com Parkinson. Quando é abordado por uma terapêutica com a equipe multidisciplinar o resultado é muito melhor, o tratamento é muito mais eficaz”, ressaltou Marília. 

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico da doença de Parkinson é essencialmente clínico, baseado na correta valorização dos sinais e sintomas descritos.

Para o diagnóstico, o médico neurologista é o profissional capacitado para realizar a análise e interpretação.

O especialista tem a capacidade de diferenciar os sintomas do Parkinson com o de outras manifestações similares.

Exames complementares, como tomografia cerebral, ressonância magnética, entre outros, servem apenas para avaliação de outros diagnósticos diferenciais.

A identificação precoce do Parkinson e os cuidados pós-diagnóstico são ressaltados pela geriatra.

“A gente precisa o quanto antes do fisioterapeuta para tentar melhorar essa questão do movimento, dar melhor força, equilíbrio e resistência. Esses pacientes caem com muita facilidade e traz todas as consequências e agravos que tem o perigo das quedas”, alertou a médica. 

Serviços em Manaus

Nas zonas Norte e Oeste de Manaus conta com os Caimis André Araújo e Ada Viana.

As unidades são especializadas no atendimento à terceira idade e funcionam de segunda a sexta, das 7h às 17h.

Nos Caimis, o idoso passa pela enfermagem, serviço social, além do médico, clínico ou geriatra.

Além disso, o público atendido nos centros municipais pode ser encaminhado para a fisioterapia, psicólogo, fonoaudióloga e para nutricionista. 

*Sob supervisão de Francisco Santos