A Defesa Civil de Maceió informou que parte de uma das minas da empresa Braskem se rompeu no início da tarde deste domingo (10). Segundo o órgão, uma porção da chamada mina 18 se rompeu por volta das 13h15 em um trecho da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
Já a Prefeitura de Maceió informou que toda a área estava isolada e desocupada – e que não há risco para a população. Pediu também que as pessoas não se aproximem da área.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse que está monitorando “minuto a minuto” com os órgãos responsáveis os efeitos do colapso. “Estamos monitorando minuto a minuto com os órgãos responsáveis os efeitos do colapso da mina 18, em Maceió. Já cobramos medidas técnicas eficazes, ações sociais e reparações financeiras para que Maceió e o povo atingido não sejam ainda mais prejudicados. Continuaremos em atenção”, escreveu em seu perfil do X (antigo Twitter).
O Ministério de Minas e Energia (MME), o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) afirmaram que não foram identificados “danos maiores aparentes ou risco às vidas”.
Equipes técnicas das três entidades reavaliaram os dados apresentados pela Defesa Civil. Em nota, o MME declarou: “Segundo os técnicos, o incidente foi localizado e não houve danos maiores aparentes ou risco a vidas. As área adjacentes, das demais minas, seguem sem indícios de instabilidade”.
A Pasta ainda informou que o evento ocorreu após um aumento na velocidade de subsidência do solo nas últimas 48 horas. “De acordo com os especialistas, a expectativa é de que a situação na região se acomode. O MME segue monitorando a situação junto às autoridades locais e atuando com foco na redução do impacto à população”.
Em nota, a Braskem informou que, por volta das 13h45, outro “movimento atípico” foi detectado na lagoa. A empresa também ressaltou que a área está sendo monitorada. Após o afundamento registrado nesta tarde, as autoridades locais foram comunicadas, informou a empresa.
“Às 13h15 deste domingo, câmeras que monitoram o entorno da cavidade 18 registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre esta cavidade. Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada. Movimento semelhante ocorreu por volta das 13h45. O sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalados na região. As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas”, declarou a Braskem.
A área atingida tem ligação com o afundamento do solo que afeta cinco bairros da capital alagoana. A velocidade de afundamento da mina 18 aumentou para 0,54 cm por hora, com um movimento de 13 cm em 24 horas, segundo boletim da Defesa Civil. Desde o dia 30 de novembro, o afundamento acumulou 2,24 metros. O município está em estado de emergência por 180 dias, determinado pelo prefeito em 29 de novembro.
A mina é uma das 35 administradas pela petroquímica Braskem no município para a extração de sal-gema.
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