Relatórios de inteligência da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo afirmam que a facção criminosa PCC fez levantamento sobre endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em Brasília, com o objetivo de realizar uma missão.

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Os integrantes do PCC levantaram informações sobre os endereços das residências oficiais e rotina de movimentação dos parlamentares. O grupo também produziu fotos aéreas das casas e enviou outros integrantes para Brasília para estruturar a “missão”. O teor e objetivo dessa missão não foram esclarecidos pela PF. 

O plano foi descoberto no âmbito do inquérito que desarticulou uma ação do PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). 

As informações sobre as casas de Lira e Pacheco foram encontradas em celulares de integrantes da chamada “Célula Restrita” do PCC, considerado o grupo de elite da organização criminosa.

“Após a quebra de sigilo de celulares apreendidos, encontrou imagens, com comentários, capturadas na internet no dia 29/11/2022 pelos criminosos que compunham a célula Restrita [espécie de grupo de elite criado para “situações diferenciadas”] do PCC, das residências oficiais dos Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados”, diz o documento da PF. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

Os investigadores também encontraram indícios de aluguel um imóvel no Distrito Federal e de intenção de compra de uma casa nas proximidades das residências de Lira e de Pacheco.

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