A operação da Polícia Federal (PF) para acabar com plano de facção criminosa que pretendia matar o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil) vem repercutindo no governo federal. 

Autoridades do alto escalão da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionaram sobre a operação. 

+ Envie esta íntegra no seu WhatsApp

+ Envie esta íntegra no seu Telegram

Com um discurso crítico ao senador, o presidente Lula declarou, na tarde desta quinta-feira (23), durante visita ao Complexo Naval do Itaguaí, no Rio de Janeiro, que não passou de uma “armação” de Moro.

No entanto, destacou que não quer “ficar atacando ninguém sem ter provas”.

No entanto, a fala de Lula destoa dos pronunciamentos do vice-presidente e ministros do seu governo. 

Nesta última quinta-feira (23), o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, destacou, em vídeo postado em suas redes sociais, que este plano é um ataque à democracia e que também era um dos alvos da facção criminosa. 

“Sobre a operação Sequaz, o governo Lula não se curvará diante de ameaças criminosas. O Estado brasileiro não admitirá ameaças à ordem pública”, completou. Confira o tweet: 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que se a polícia federal não tivesse atuado, poderia ser considerado ilação. 

“O que eu faço e farei é crítica técnica e política ao senador, mas o que fizemos, cumprindo a lei, foi proteger a vida do nosso adversário”, destacou o ministro durante coletiva na última quarta-feira (22). 

Depois de a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, tirar o sigilo, nesta última quinta-feira (23), de documentos da operação que prendeu membros do PCC, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, falou sobre o caso. 

Em suas redes sociais, nesta sexta-feira (24), Pimenta criticou a retirada de sigilo do inquérito em curso na Polícia Federal. 

“Creio que esse é um inquérito importante, que envolve uma perigosa organização criminosa que planejava atentados contra autoridades e não pode ser ‘capturado’ por interesses pessoais de ninguém”, disse. Confira outro tweet do ministro sobre o tema: 

RELACIONADAS

+ Suspeito de planejar ataque deixou prisão para executar Moro

+ Operação Sequaz: Bolsonaro diz que esquerda armou para matar Moro

+ PF prende suspeitos de planejar morte de autoridades; Moro estava na lista

Ameaças contra Moro

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã da última quarta-feira (22), a operação Sequaz.

A ação tinha como objetivo desarticular organização criminosa que planejava ataques e mortes de servidores públicos e autoridades.

O ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil) e o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, também eram dois dos alvos do grupo. 

Alguns dos crimes que a organização queria executar eram homicídios e extorsão mediante sequestro em cinco unidades da federação:

  • Roraima, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. 

Segundo investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Além disso, os principais investigados estão em São Paulo e no Paraná. 

Cerca de 120 policiais federais cumpriram: 

  • 24 mandados de busca e apreensão;
  • 7 mandados de prisão preventiva;
  • 4 mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.