Pela primeira vez, dois cães da raça beagle foram clonados através de um processo de clonagem de células da pele editadas geneticamente pela técnica CRISPR.

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Segundo cientistas da empresa de biotecnologia ToolGen, da Coreia do Sul, embora criação de cães a partir dessa técnica já tenha sido realizada por cientistas chineses, esta é a primeira vez que a edição ocorre em células clonadas, em vez de óvulos fertilizados.

Ainda segundo cientistas, o uso da técnica teve como objetivo eliminar mutações genéticas causadoras de doenças normalmente presentes em cães com pedigree, gerados por endogamia. 

A ideia é que eventuais alterações gênicas presentes na estrutura do DNA dos animais possam ser removidas sem que ocorram alterações em outras características, como ocorreu na edição de genes de óvulos.

Conforme a médica veterinária Okjae Koo, pesquisadora líder do estudo, entre os problemas gerados pela endogamia, estão spaniels com cérebros maiores que seus crânios e bóxeres com epilepsia.

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Processo de clonagem dos dois beagles

(Imagem: BMC Biotechnology)

Para clonar os filhotes de beagle, Okjae e sua equipe usaram a ferramenta CRISPR-Cas9 para editar genes da pele geneticamente modificada, para mutar um gene chamado DJ-1, associado a doenças como o Parkinson.  

A supressão da proteína foi combinada com a adição de vários genes, entre os quais uma proteína verde-fluorescente para facilitar a detecção das células editadas.

Após editadas, as células foram colocadas ao lado de óvulos com DNA previamente retirado. Em seguida, pulsos curtos de eletricidade foram usados para fundir o material orgânico. 

Assim, foram criados 68 embriões que, implantados em seis mães diferentes, resultaram em dois filhotes. 

Com 22 meses de vida, os cães não apresentam nenhuma anomalia, embora doenças ligadas ao DJ-1 surjam em idade mais avançada.

Chamados de Tiangou e Hercules, os dois beagles têm mais massa muscular do que os seus homólogos sem edição genética.

A equipe continua usando a técnica para criar mais “irmãos” para a dupla.

Embora esses cães estejam sendo criados para pesquisas médicas, algumas empresas norte-americanas, como a ViaGen, oferecem clones de pets falecidos ao preço de R$ 50 mil (R$ 262 mil) por filhote.

Veja artigo – BMC Biotechnology – DOI: 10.1186/s12896-022-00749-3.

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