A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quarta-feira (3) durante a Operação Venire um pen drive na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ação investiga falsificação de certificados de vacinação do ex-presidente e da filha dele de 12 anos, além do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e os familiares dele.

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O pen drive e o celular de Bolsonaro foram apreendidos em Brasília na casa do ex-presidente, que foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão.

A operação prendeu seis pessoas e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão.

Investigação sobre cartão de vacina de Bolsonaro

Tudo começou após quebra de sigilo das mensagens do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid no inquérito das milícias digitais, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na investigação, a Polícia Federal (PF) constatou que o cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro também foi adulterado.

Os dados encaminhados pelo Ministério da Saúde mostraram ainda que ocorreram as inserções falsas de vacinação contra a Covid-19 em favor de Cid e da mulher dele.

O secretário municipal do governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, foi o responsável pela inserção dos dados de vacinação contra a Covid-19 em nome de Bolsonaro.

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O tenente-coronel trocou mensagens pedindo a contatos do município que fosse inserido um registro falso de vacinação para ele e para a esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.

Ao verificar essas mensagens, a PF levantou os registros de Cid e descobriu uma alteração feita pela servidora da prefeitura, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva.

Além disso, registros da Rede Nacional de Dados em Saúde mostram que Bolsonaro teria se vacinado em 13 de agosto e em 14 de outubro de 2022 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ), coisa que não aconteceu.

Agora a PF investiga o caso.