Um pescador de 35 anos foi preso, na terça-feira (28), por estupro de sobrinha em Boa Vista (RR). Ele estava foragido da Justiça pelo crime.

Conforme a Polícia Civil de Roraima (PC-RR), o homem foi preso após os agentes constatarem uma condenação de 18 anos por estupro de vulnerável.

O crime ocorreu em 2012 quando a vítima tinha 13 anos e morava com os tios na comunidade indígena em Alto Alegre, região central do estado.

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Segundo a polícia, na época, o acusado era marido da tia da menina e iniciou a série de abusos quando a vítima passou a morar na casa deles.

Conforme a denúncia, a violência ocorria durante a ausência da tia e, a vítima, além de sofrer violência física, era ameaçada de morte, caso o denunciasse.

A adolescente chegou a engravidar após sofrer o estupro, de acordo com informações da polícia.

“A violência somente cessou quando a vítima foi morar com a avó, ocasião que descobriu estar grávida de cinco meses do infrator. O homem passou a ser processado e negou as acusações, alegando que a relação era consensual”, informou a Polícia.

Prisão do acusado de estupro

O homem foi preso quando prestava depoimento no Departamento de Polícia Judiciária do Interior.

Ao ter o nome consultado, foi verificado que ele respondia processo e estava com mandado de prisão aberto, aguardando ser cumprido.

Com o isso, o delegado responsável efetuou a prisão. O pescador foi apresentado posteriormente na Custódia da PC, para ser entregue ao Sistema Prisional.

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Estupro de vulnerável

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostraram que Roraima registrou a segunda maior taxa de aumento de estupros e estupros de vulnerável no primeiro semestre de 2022, com 51,4%.

Com base nas informações, a taxa é quase quatro vezes maior que a média nacional, de 12,5%. O resultado foi baseado nos Boletins de Ocorrência registrados nos estados do país.

Conforme a pesquisa, Roraima ficou atrás apenas da Paraíba (110,3%) e na frente de Espírito Santo (34,9%).

O número de casos no primeiro semestre foi o maior dos últimos quatro anos no estado, com 318 vítimas.

No mesmo período, em 2021 foram registrados 210 casos. Em 2020, 147 e em 2019, 149 casos.