A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16), em nota, que aprovou a nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina.

A aprovação ocorreu nesta segunda-feira (15) e fará parte da nova estratégia comercial da estatal.

A atual política de preços da Petrobras é baseada na política de paridade de importação (PPI), criada durante o governo Michel Temer.

De forma simplificada, ela alinha os preços locais ao dólar e ao barril de petróleo comercializado no mercado externo.

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Essa é mais uma das promessas de campanha eleitoral do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (PT), que está sendo cumprida.

Já na semana passada, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, havia afirmado que a definição de valores dos combustíveis consideraria os custos regionais e o cliente.

Na nova regra, a definição de preços não vai refletir apenas a cotação internacional do petróleo e o dólar, como acontece atualmente e deve levar em conta o chamado “custo alternativo do cliente”. 

O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos.

Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidades dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas:

  • produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino. 

“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destaca o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. 

O anúncio é marcante, pois encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes. 

“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, declarou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.  

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Reajustes 

Os reajustes devem continuar sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. 

As decisões relativas à estratégia comercial continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo Presidente da companhia, o Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados e o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

Além disso, destaca-se que a estratégia comercial está alinhada com a Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno (Diretriz) aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2022 e tem como premissas:

  • Preços competitivos por polo de venda; 
  • Participação ótima da Petrobras no mercado; 
  • Otimização dos seus ativos de refino; 
  • Rentabilidade de maneira sustentável.

Essa estratégia permite à Petrobras competir de forma mais eficiente, considerando a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável.

Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores.