As ações da Petrobras despencaram quase 9% na Bolsa de valores após a demissão, o que gerou a perda de R$ 40,2 bilhões em valor de mercado, segundo apurou o Valor Data.
A demissão de Jean Paul Prates foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite da terça-feria (14), confirmada pela Petrobras e aprovada pelo Conselho de Administração.
Prates deve ser substituído por Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas ainda não há confirmação do presidente Lula.
Ações
A demissão causou aumento de incertezas para acionistas do mercado financeiro nesta quarta-feira (15). Economistas brasileiros demostraram preocupação em uma possível interferência do governo na estatal.
- Nesta quarta, os ativos ordinários (PETR3) abriram com queda de 6,9%, cotados a R$ 39,95 às 10h16. Já as ações PETR4 tiveram queda de 8% até o início da manhã.
Ao Valor Econômico, o Bradesco BBI disse que as dúvidas em torno da companhia retornam com a demissão inesperada do presidente.
O economista Adriano Pires destacou para ao jornal Folha de S.Paulo. “Parece que a petroleira está começando a abrir mão da disciplina do capital como antes, numa volta ao passado que preocupa os investidores”, afirma Pires.
Após a demissão, Prates mandou uma mensagem a assessores próximos: “Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Vão anunciar daqui a pouco”, disse.
Segundo interlocutores do governo, Prates teve relação conflituosa com ministros de Lula: Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Jean Paul Prates foi presidente da Petrobras por 1 ano e 4 meses. Em sua gestão, a empresa teve bons resultados e alcançou o segundo maior lucro da história ao longo de 2023, .