A Polícia Federal identificou a realização de depósitos em dinheiro vivo para Michelle Bolsonaro.

É o que apura investigação sobre a suposto esquema de desvio de recursos e rachadinha no Palácio do Planalto sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os repasses eram feitos pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid,preso no último dia 3 de maio por suspeita de articular um esquema de fraude em certificados de vacinação.

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Em conversas de whatsapp, sete imagens de depósitos feitas por Mauro Cid e encaminhadas à assessoria de Michelle Bolsonaro foram identificadas pela PF.

Dinheiro vivo para Michele Bolsonaro

Os depósitos eram feitos de forma fracionada e em valores menores para não levantar suspeitas de irregularidades e impedir o alerta aos órgãos de controle.

Ao todo, os repasses resultam em R$ 8.600,00, é o que revelou um matéria do UOL.

Além disso, a PF ainda identificou uma transferência bancária de R$ 5.000,00, realizada em julho de 2021, feita diretamente da conta de Mauro Cid para a conta de Michelle Bolsonaro e uma empresa com contrato na Codevasf como origem de recursos transferidos a um integrante do Palácio do Planalto responsável pelo pagamento das despesas de Michelle.

Por causa das transações, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes autorizou a quebra do sigilo bancário de Mauro Cid e de outros servidores que trabalhavam na Ajudância de Ordens da Presidência.

A PF busca identificar outras transações suspeitas envolvendo a primeira-dama e a Ajudância de Ordens e o inquérito apura se os pagamentos seriam provenientes do desvio de recursos públicos do Palácio do Planalto.

Em nota, a defesa de Bolsonaro negou irregularidades e disse que os custos pessoais da família eram pagos com recursos próprios.

Já a defesa de Mauro Cid, afirmou que se manifestará apenas nos autos do processo. 

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Fraude em cartões de vacina

Na próxima terça-feira (16), Bolsonaro deve depor à PF sobre a suspeita de fraude em seu cartão de vacina e de pessoas próximas a ele, como a filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos.

O ex-presidente deve manter a versão de que não se vacinou e que não houve adulteração em seu cartão de saúde.

Já são investigados cerca de três registros falsos de vacinação de Bolsonaro inseridos no sistema do Ministério da Saúde.

O esquema envolve a manipulação de dados e inserção de vacina contra a Covid-19 no cartão de vacinas, para atestar, de forma falsa, que houve imunização.

A falsificação teria sido feita para que Bolsonaro e sua equipe pudessem viajar aos Estados Unidos, país que exige o comprovante de vacina de estrangeiros que entram no país.