A perícia realizada pela Polícia Federal (PF) no celular apreendido do coronel Mauro Cid extraiu muitas trocas de mensagem, áudios e até troca de documentos sobre movimentos golpistas para manter Bolsonaro no poder.

O militar era o braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Cid foi questionado sobre o assunto durante seu depoimento para à Polícia Federal, nessa terça-feira (6) mas permaneceu em silêncio.

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Segundo fontes que acompanham o caso foram identificadas, por exemplo, minuta para decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

A GLO permite exclusivamente ao presidente da República convocar operação militar das forças armadas, em graves situações de perturbação da ordem. 

Também forame encontradas tratativas para decretação do Estado de Defesa, conforme as fontes.

Segundo apuração do g1, as investigações comprovam que o coronel participou ativamente de planos golpistas no pós- eleições.

Os interlocutores identificados na perícia do celular, estão na mira agora da apuração da PF. 

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Foram flagrados nas tramas para um golpe o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid.

O sargento, que também está preso, deve prestar depoimento esta tarde na sede da PF em Brasília.

Mauro Cid

A polícia identificou uma conta bancária em nome do militar aberta nos Estados Unidos.

Os investigadores da PF pretendem pedir a quebra do sigilo da conta para analisar a movimentação financeira do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

O tenente-coronel foi o pivô da investigação sobre as fraudes nos certificados de vacina, que atinge também o ex-presidente.

A apuração iniciou com a quebra do sigilo de mensagem de Mauro Cid. A PF encontrou conversas sobre as fraudes nos dados de vacinação.