A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta sexta-feira (10), a Operação Libertação que visa o combate ao garimpo ilegal em terras Yanomami, no estado de Roraima.

Os trabalhos buscam impedir a logística do crime, com a inutilização da infraestrutura utilizada para a prática do garimpo ilegal e coleta de provas da atividade criminosa.

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Uma força tarefa organizada pelo governo federal realiza a operação.

Com a liderança da Polícia Federal, Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa também participam das ações.

Nesta fase, a PF vai trabalhar na interrupção do garimpo ilegal, por meio da destruição de maquinários e meios dedicados ao crime.

A operação tem como principais objetivos: proteção da população Yanomami e erradicação do garimpo ilegal por completo.

A prioridade nesse momento é interromper a prática criminosa e retirar os não indígenas da Terra Yanomami.

O chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire afirmou que quer evitar que existam dificuldades na saída dos não índios das terras indígenas.

Além disso, ressaltou que não quer uma nova crise humanitária, em relação aos garimpeiros. 

A Operação Libertação permanecerá em andamento até o restabelecimento da legalidade na terra indígena Yanomami. 

As ações de planejamento estão sendo realizadas no Centro de Comando e Controle da Operação Libertação, ambiente de trabalho localizado na Superintendência Regional da PF em Roraima para permitir a atuação, de maneira integrada, dos órgãos envolvidos na ação.

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Crise Yanomami

Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram.

Entre as causas das mortes, pneumonia, diarreia e doenças evitáveis.

O agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de desnutrição severa, verminose e malária, ocorreu em meio ao avanço do garimpo ilegal na região.

A estimativa é que em toda a Terra Indígena Yanomami, 570 crianças morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro.