A Operação Última Milha, que investiga o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial, por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (20).

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Dois servidores da Abin foram presos e são do Distrito Federal (DF). Rodrigo Colli é profissional da área de contrainteligência cibernética e Eduardo Arthur Izyck é oficial de inteligência.

Os policiais federais cumprem 25 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e medidas cautelares da prisão, no DF e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com informações da PF, as investigações indicam que o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um “software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Os agentes apuram a atuação dos dois servidores da Abin, Colli e Izyck, que respondiam processo administrativo disciplinar, e teriam utilizado o sistema para evitar uma possível demissão.

Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo alheio, organização criminosa e interceptação sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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Operação Última Milha

25 Mandados de Busca e Apreensão:

18 DF (Brasília)
1 GO (Alexânia)
2 SP (1 São Paulo e 1 São José dos Campos)
2 PR (1 Curitiba e 1 Maringá)
3 SC (1 Florianópolis, 1 São José e 1 Palhoça)

2 Mandados de Prisão Preventiva: Distrito Federal

5 Mandados de Afastamento: Distrito Federal

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